GUERRA GUARANÍTICA

GUERRA GUARANÍTICA
A RESISTÊNCIA
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segunda-feira, 28 de março de 2011

SOBRE AS PRÁTICAS DE ANTROPOFAGISMO


acadêmicoScirus

João Pedro Gay, nascido Jean Pierre Gay, (França, 20 de novembro de 1815Uruguaiana, 19 de maio de 1891) foi um sacerdote católico e historiador francês radicado no Brasil.
Estabeleceu residência em Santa Catarina em 1843, transferindo-se pouco tempo depois para o Rio de Janeiro onde foi professor de língua francesa e matemática. Como padre, foi pároco em Alegrete (Rio Grande do Sul).
Foi também um estudioso da língua guarani e da história das missões jesuíticas. Foi autor de alguns livros, como História da República do Paraguai, publicado em 1863, e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.



DOS ESCRITOS DO CÔNEGO GAY, NO LIVRO PASSO FUNDO DAS MISSÕES JORGE E.CAFRUNI FEZ AS SEGUINTES CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRATICA DO ANTROPOPAGISMO ENTRE OS INDIGENAS GUARANIS
" Antes de declararem uma guerra, realizavam um conselho, reunindo as tribos vizinhas e amigas, decretavam ordináriamente, a guerra, considerando a utilidade que hão de tirar dos espólios dos inimigos, dos escravos que hão de fazer e da glória que hão de adquirir. ao decreto da guerra, segue-se a eleição do general em chefe, que é sempre renhida, porque todos a ambicionam. Cada um expõe seus direitos,suas façanhas,etc...
Mas apesar da dificuldade da combinação, uma vez eleito o chefe, todos,mesmo os caciques lhes obedecem- e ele  dá as ordens competentes para os preparativos da guerra e para todas as operações militares.
Os avisos não deixavam de ser interesssantes, de uma para outra tribo. Eis como procediam:convocam-se as companhias por fogueiras e fumaças, sinais que entendem perfeitamente e todos concorrem ao sítio, onde principiam os fogos, levando suas armas, porque não havendo depósito comum, cada um deve levar a sua. O arco, a flecha,a macana(espécie de bordão) são suas armas principais. Algum dardo e boleadeiras algumas tribos como os charruas usam, mas não todos os indigenas. Usavam de muitos enfeites e galas militares em sua maiores solenidades,plumagem na cintura, diversidadede cores com que pintam o corpo, imaginando que a pintura os torna formidáveis aos olhos dos seus inimigos e que até espantam os espíritos infernais.
Gay narra que o combate começa e termina com grande algazarra de vozes que enche o ar de confusão e os ouvidos de espanto. Pode-se dizer que principiam o combate aturdindo os inimigos, para entorpecer-lhe as mãos no momento da briga. Lei invariável era retirar seus cadáveres, seja para  dar-lhe sepultura como costumavam, seja para ocultar suas perdas ao inimigo.
Quem vencia desfrutava os dspojos, O principal e os mais estimados eram os prisioneiros, a que cortavam a cabeça, que carregavam por troféu na ponta de suas lanças. alguns se serviam deles por escravos ou os vendiam por escravos. os guaranis e outras nações caribes faziam célebres e solenes banquetes COM A CARNE DOS PRISIONEIROS!"

Observa tambem que os Tapes, aqui de Passo Fundo não tinham acentuado este costume como outras tribos.
Este costume foi mais acentuado no Paraguai, antes da doutrinação pelos padres jesuítas.
Outro historiadors <`Pero Hernandez  registra também alguns costumes antropofágicos entre as tribos do Paraguai "-Esta geração dos guaranis-escreveu ele- quando estão em guerra uns com os outros, se fazem cativos, trazem-nos para seus povos e com isto tomam grande prazer e regozijo,bailando e cantando....Descreve tambem que abatiam o prisioneiro(os) em praça pública aos modos dos Tupis da Costa brasileira( Os Tupis eram mais ferozes deveras)

Outro  Senhor, aventureiro, este, que esteve prisioneiro entre os índios por muito tempo , assim descreve o caso da antropofagia:

"-eles o fazem não por fome, senão por grande ódio e ogeriza, e quando estão em guerra, gritam uns aos outros "_ A ti sobrevenha toda a desgraça,minha comida! quero arrebentar tua cabeça, ainda hoje! Vingarei em ti a morte de meus amigos, e é por isso que aqui estou! a tua carne será hoje, antes do entrar o sol o meu assado!- e tudo isso o fazem por grande inimizade".

Tambem relata que quando um ou alguns caiam prisioneiros uns dos outros não fugiam, fugir era desonra, às vezes retinham o prisioneiro por dias ou meses até chegar a hora do ritual do sacrificio, e soltando o prisioneiro o deixavam correr um pouco para se divertir e alcançá-lo. Ficando frente a  frente, escolhiam o executor e ainda trocavam algumas palavras com o que ia ser morto. diziam" -Eu vou te matar porque mataste meus irmãos, vou vingar a morte deles"
O prisioneiro respondia "_Sim, matei e comi muitos dos teus! Era assim um sinal de valentia, a que tinham muito apreço.

Uma observação que podemos fazer é que em muitos lugares do Mundo ainda que não seja revelado, em alguns grupos humanos ainda praticam, senão a atropofagia, mas a caça de uma para outra tribo, o que seria inconcebível neste século, mas ainda existe.Aqui no Brasil não tenho conhecimento, mesmo se ainda existam na amazonia, estima-se que, cerca de 30 grupos indígenas não contatados pelos brancos ,vivem isolados na selva,  que pratiquem a antropofagia, penso que mais, andem muito preocupados em se esconder dos brancos que vão avançando .....




QUEM FOI HANS STADEN

  
Hans Staden
Hans Staden

Retrato de Hans Staden feito por H. J. Winkelmann, em 1664.
Nascimento1525
Homberg (Efze)
Morte1579
Wolfhagen
Nacionalidadealemã
OcupaçãoMarinheiro, aventureiro, mercenário e cronista.

Hans Staden (Homberg (Efze), c. 1525Wolfhagen, c. 1579) foi um aventureiro mercenário alemão.
Por duas vezes Staden passou pela América Portuguesa no início do século XVI, onde teve oportunidade de participar de combates na Capitania de Pernambuco e na Capitania de São Vicente, contra corsários franceses e seus aliados indígenas.

PORQUE CAIU PRISIONEIRO DOS INDIGENAS  NA SUA SEGUNDA VIAGEM AO BRASIL EM


Enquanto caçava sozinho, Staden foi feito prisioneiro por uma tribo Tupinambá que o conduziu a Ubatuba. Desde o início ficou claro que a intenção dos seus captores era devorá-lo. Pouco tempo depois, os tupiniquins aliados dos portugueses atacaram a aldeia onde ele era mantido prisioneiro. Mesmo cativo, e não tendo escolha, lutou ao lado dos tupinambás. Seu desejo era tentar fugir para unir-se aos atacantes. Mas, estes, vendo que a luta era inútil, logo desistiram.
Era tratado como um "animal de estimação" pelos tupinambás, tendo, inclusive, mudado de "dono"[1].
Pediu ajuda a um navio português e a outro francês. Ambos recusaram-se a ajudá-lo por não desejarem entrar em conflito com os índios. Foi, enfim, resgatado pelo navio corsário francês Catherine de Vetteville, comandado por Guillaume Moner, depois de mais de nove meses aprisionado


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