GUERRA GUARANÍTICA

GUERRA GUARANÍTICA
A RESISTÊNCIA
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domingo, 10 de outubro de 2010

DA PROVINCIA DO TAPE AO ATUAL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO 
OUTRO TEXTO DE JOÃO SIMÕES LOPES NETO EM SEU LIVRO"TERRA GAÚCHA"

começa assim: "

defeituosa fatura da história rio-grandense- Nós, os rio-grandenses, somos como uma sub-raça brasileira.
Para muitos, felizmente para a grande maioria dos que nos observam, temos traços de distinção da carinhosa familia nacional, que valem altamente como prendas individuais e inapreciavelmente como elementos de significação e progresso social, em suas múltiplas expansões.
Para outros porém, essas divergências do tipo étnico brasileiro nos cracterizam como enxertos daninhos nesse grande e nobre tronco de uma raça AMERICANA; NOS ASSINALAM COMO PROGÊNIE DE ANTEPASSADOS ENSAIADOS EM TODOS OS VÍCIOS E CRIMES, QUE INCULCAM A NECESSIDADE DE NOSSA EXPULSÃO DA COMUNHÃO SOCIAL...

Como, porém, desmentir eficazmente estas maledicencias, e justificar os que nos julgam com mais humanos sentimentos, senão, pela explanação, o inventário fiel do passado, pelo qual somos tão opostamente apreciados?

Entretanto, esse passado está para ser escrito com fidelidade, ou antes, está desfigurado nos compêndios destinados ao ensino da história rio-grandense.
Varão insigne, o Visconde de São  Leopoldo empreendeu escrevê-la, mas fechados como eram em seu tempo os arquivos que abrigavam as fontes históricas, e disseminadas as informações particulares em livros estrangeiros de quase impossível obtenção aqui, onde residia aquele publicista ,certamente não podia  a sua empresa ser satisfatóriamente realizada como o exige hoje as letras históricas :assim é que padece aquela história de notáveis lacunas e erros de fatos , que vem perdurando como verdades classicas , e que devem ser retificados, para não continuar o ensino de uma falsa história nossa. a esse paulista ilustre, a quem todas as homenagens de estima e respeito devemos, pelos altos serviços e dedicação ao Rio Grande, opere os reparos, que se aplicam aos seus sucessores, que  únicamente nele se inspiraram 
.Vejamo-los:

Se relata que foi Martim Afonso de souza que apadroou este litoral para Portugal, até o Rio da Prata, quando o diário de sua navegação (em 1531) está publicado e prova que eles não abordou terra rio-grandense, ao passo que no manifesto do príncipe D.Pedro justificando a criação  da Colonia do Sacramento se declara que 'EM 1502 AMÉRICO VESPÚCIO descobriu e apadroou este litoral até o cabo de Santa Maria, para o rei de Portugal."

Com a ereção da PROVÍNCIA DOS TAPES  em 1639, que foi a primeira  divisão politico-administrastiva que teve o Rio Grande, prova-se que apenas por menos de um século esteve ele descurado  do governo espanhol, ao passo que por dois séculos esteve-o do Português pois só em 1737 é que SILVA PAES fundou o presídio de Rio Grande, e, quando tal se deu, habitante luso nenhum foi  encontrado , pois os que havia-brancos, cristãos-eram os jesuítas e funcionários castelhanos das Missões.

Entre a colônia  do Sacramento e a Laguna(fundada quase na mesma época e não em anterior)os raros traseuntes marchavam pelo litoral, e disso é prova o roteiro de 1703, de Domigos Filgueiras.
As incursões dos bandeirantes paulistas são fabulosas aqui, bem como os heroísmos do capitão-mor da Laguna, sendo que até este não esteve no Rio Grande nas duas vezes e que foi mandado a dilig|ências neste litoral, em 1715 e 1724.

A melhor prova de que aqui nada fizeram os lagunenses é a ata de sua câmara, de 10 de novembro de 1727, em que confessam que, "aqui nada se podia habitar ou povoar, porque laguna era pobre de pessoal e a vida na campanha impossibilitada pelas incursões dos índios!

Se diz que  Luis Pedroso de Barros  quando fez esse caminho de São Paulo ao Paraná, terminando na casa do Registro do Ouro, onde vinham ter-por lei-todos os transeuntes entre São Paulo e Mato Grosso.
Outro erro dizer-se que o bravo paulista Manoel Pais da Silva erigiu na Vacaria  um marco de domínio luso:a façanha é exata, mas a Vacaria não é a do Rio Grande, mas sim do Mato Grosso.
A fundação do posto militar em Rio Grande em 1737, deu-se com baianos, mineiros, fluminenses e lusos; em poucos anos mais entraram os casais de ilhéus, açorianos e madeirenses.
Quando sobre as desoladas areias da barra erguia-se o primeiro fortim de Jesus-Maria_josé, além, na serra, elevava-se já uma cidade de 8.000 habitantes, São Miguel, a capital das MIssões Orientais do Uruguai.
Lugar de "enxurros de degredados e de mulheres desmandadas", como  sem critério nem verdade publicou em 1822 o Monsenhor Pizarro, isso é que nunca foi, o decreto de 1797, que cita, que atalhou aquele mal pestífero", não, nada tem com o Rio Grande do Sul!

Considerações:    O VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO ERA PAULISTA, LUSO BRASILEIRO, VEM DESDE ESTA ÉPOCA  AS "PICUINHAS" ENTRE GAÚCHOS E PAULISTAS, NINGUÉM PODE NEGAR ISTO!NA VERDADE O VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO SE BASEAVA NOS ESCRITOS DE MONSENHOR PIZARRO, E DE FATO,  HOUVE UM DECRETO EM 30 DE JUNHO DE 1794 MAS QUE FOI REVOGADO EM 20 DE NOVEMBRO DE 1797, SE REFERE AOS DITOS "DEGREDADOS" QUE SERIAM JOGADOS AQUI NO RIO GRANDE DO SUL.
   

LIMPANDO A EUROPA


NA VERDADE OS ESPANHÓIS E PORTUGUESES COSTUMAVAM ENCHER  NAUS COM BANDIDOS E OUTRAS PESSOAS FORA DA LEI EM SEUS PAÍSES E JOGÁ-LOS EM ALGUM LUGAR NA AMÉRICA PARA SE LIVRAR DELES. NESTE CASO OS TAIS  DEGREDADOS FORAM JOGADOS  NO MATO GROSSO, RIO BRANCO,RIO NEGRO E RIO MADEIRA....
O MONSENHOR PIZARRO CERTAMENTE NÃO TOMOU CONHECIMENTO DA REVOGAÇÃO DO DECRETO QUE OS ENCAMINHAVA PARA O SUL  DO BRASIL, POR ISSO A RECLAMAÇÃO DE JOÃO SIMÕES LOPES NETO. 






obs:OS DEGREDADOS: pessoas que sofreram pena de degredo,ou seja,foram expulsos ou excluídos do seu país,por decreto governamental em virtude de crimes cometidos


 

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