Ana, eu tinha uns 8 anos quando houve aquelas nuvens de gafanhotos. Na rua, era como se houvesse tapetes. A gente caminhava pisando neles. Em casa, batíamos panelas para afugentá-los, mesmo assim, em questão de segundos, das árvores restaram apenas os galhos. Triste de ver.
Eu lembro da história oral que meu irmão Aidir Seganfredo, o Martin contava. Devia ter ele 4 ou 5 anos, então a família já instalada na Fazenda dos Ribeiros, onde meu pai havia adquirido 24 hectares de terra. Teve um fenômeno de infestação de gafanhotos e as famílias aparentadas ali vizinhas também tentaram matar os salões-filhote de gafanhoto, antes que fizessem as asas para voar. Abriam um valo e pegavam estes filhotes colocando nele e tentavam atear fogo ou cobrir com terra para matá-los,
Mas o estrago sempre foi grande nas lavouras.

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